segunda-feira, 24 de abril de 2017

Eldest


De volta às origens...


Eldest é o segundo volume da saga Herança, de Christopher Paolini. O primeiro livro desta coleção chame-se Eragon e já publiquei a minha opinião acerca do mesmo aqui no blogue.

Se não conhecem Eragon ou estão interessados em saber mais sobre o livro e o autor, podem ler a opinião e mais alguma informação aqui.

No final do primeiro livro vimos Eragon tornar-se um aniquilador de espectros, criaturas mágicas malignas, após derrotar Durza. Eragon acredita que o matou por mera sorte devido à intervenção de Arya, mas todos à sua volta o tratam como o mais honrado dos heróis.

Este jovem e o seu dragão, Saphira, têm agora nas mãos uma missão: receber treino em Ellesméra, cidade dos Elfos, para um dia poderem derrotar Galbatorix, o rei tirano que governa Alagaësia.

Alianças improváveis têm de ser feitas. Mas com quem? Se o cavaleiro e o seu dragão jurassem lealdade a alguma das nações: Varden, Elfos ou Anões, estariam para sempre vinculados ao juramento. Como poderia Eragon fazê-lo sem se tornar parcial e sem se esquecer do seu verdadeiro objetivo?

Eragon parte com Saphira, Arya, uma elfo, e Orik, um anão, numa jornada rumo a Ellesméra, onde irá receber o seu treino.

Paolini adota, em Eldest, uma postura diferente relativamente ao primeiro livro, Eragon. Os episódios não são apenas narrados do ponto de vista de Eragon, mas também de Roran, o seu primo e Nasuada, filha de Ajihad, antigo governador dos Varden.


Assim, conseguimos acompanhar várias narrativas que decorrem ao mesmo tempo e a enormes distâncias: a perseguição de Roran por parte dos Ra'zac, servos do Império que assassinaram o seu pai e obrigaram o seu primo a fugir; o governo de Nasuada e as dificuldades que os Varden têm de enfrentar para poderem constituir uma ameaça a Galbatorix e ao Império; e a viagem e treino de Eragon, bem como a sua autodescoberta e revelação dos segredos mais bem guardados de Du Weldenvarden, a floresta dos elfos.
Por vezes, certos trechos tornam-se um pouco aborrecidos, especialmente nos momentos de viagem. Talvez tivesse gostado tanto do livro da primeira vez que o li que apaguei esses momentos de leitura menos bons da minha memória. Sinto que nessas situações a ação se torna monótona e demorada. No entanto, prepara-nos para as peripécias que vêm a seguir. 

Mais uma vez, este autor consegue arrastar-nos e levar-nos a Alagaësia com as suas palavras. As descrições dos locais e sentimentos que as personagens revelam quando confrontadas com a grandiosidade dos imensos cenários fazem-nos sentir como se fossem uma lembrança de algo que visitámos, como se realmente conseguíssemos visionar os espaços e estar lá com as personagens. 

Neste livro são-nos revelados factos completamente inesperados, desde realeza onde menos se espera, até às origens de Eragon. Não vos posso revelar muito mais, mas aconselho vivamente a leitura deste livro. Mesmo sendo a segunda vez que o leio conseguiu deixar-me espantada com o universo mágico nele criado e a complexidade dos pormenores.  

Em breve irei reler e divulgar a minha opinião acerca de Brisingr, o terceiro livro da saga. Apercebi-me que não me lembro de muito do que li da primeira vez, por isso, estou muito interessada em saber o que acontece a este grupo de guerreiros e aos tiranos vilões.