quarta-feira, 31 de maio de 2017

Robinson Crusoé

Os livros estão Loucos


A nova coleção da editora Guerra e Paz, Os Livros Estão Loucos, parece ser, no mínimo, inovadora. Estas obras são adaptações de clássicos contados "tipo aos jovens".

Todo o lema da coleção é cativante: "Para se ler numa hora o que antes se lia num dia". São histórias simplificadas, de modo a tornar a sua leitura mais leviana e agradável. 

Antes de mais, quero agradecer a Guerra e Paz pelo gentil envio de Robinson Crusoé, Daniel Dafoe, para crítica aqui no blogue. Confesso que estou deveras interessada nos livros desta coleção, principalmente, pela sua beleza.

Bem, de volta ao livro em questão, Robinson Crusoé trata da história de um marinheiro com esse mesmo nome que, após uma tempestade, naufraga numa ilha deserta. 

Robinson pensa está sozinho, mas, ao resgatar bens dos destroços do seu navio, encontra um cão e dois gatos que sobreviveram. Estes tornam-se a sua única companhia na solidão da ilha. Talvez não a única, consegue também resgatar uma bíblia encontra em Deus um companheiro. 

O naufrago consegue superar as expectativas: aproveita os recursos da ilha e cria engenhocas fantásticas para sobreviver. Um simplesmente marinheiro inglês torna-se pastor, agricultor, oleiro, caçador. Enfim, torna-se o rei daquela ilha. 

Anos e anos passou apenas da companhia dos seus animais, como gatos que nasceram lá na ilha, filhos do casal que ele salvou. Tenta, ainda, ensinar um papagaio a falar. Assim, teria alguém com quem conversar. 

Até que um dia encontrou uma pegada na praia. 

Percebeu que tinha de proteger o seu reino, porque que poderia não estar sozinho, ou estaria? Crusoé passou tanto tempo envolto numa solidão tremenda que já sabia nem no que acreditar… 

Primeiramente, penso que devo realçar que esta não é apenas história de Robinson Crusoé. Aconpanhamos, ao mesmo tempo, dois irmãos. Bia e Pedro, que leem a narrativa do naufrago comentando e imaginando o final desta aventura à medida que avançamos. 

Robinson Crusoé surpreende pela sua vontade viver. É incrível como um comum marinheiro inglês consegue tornar-se tão versátil ao ponto de se viver décadas numa ilha deserta.

Sem dúvida, o ponto mais positivo nesta obra é a originalidade. O livro é lindo, cheio de cor e movimento.

Tal como diz o título de coleção: "Os Livros estão Loucos". As páginas estão repletas de imagens alusivas à história, letras gigantes, espirais de palavras… Todos os capítulos começam com um excerto do próprio, deixando-nos com uma vontade continuar a ler para perceber de onde veio esse trecho.

Em Suma, esta obra traz uma dimensão nova aos contos antigos. Desperta a atenção pela capa, pelo folhear das páginas, pelos sentidos. Trata-se de uma leitura que apela não só à escrita, mas também também à beleza do circundante.

Nunca tinha lido Robinson Crusoé, mas não posso dizer que tenha ficado desiludida. A narrativa é interessante e muito fácil de ler, com um estilo coloquial, aproximando-se do diálogo. Existe mesmo diálogo por parte de Bia e Pedro, que vão dando as suas opiniões e brincando um com o outro como é típico dos irmãos.

Assim, espero ter a oportunidade de por as mãos nos outros livros desta coleção e ficar surpreendida pela beleza presente nas suas páginas.