Nem tudo pode correr bem...
Até agora tenho gostado muito dos livros da rubrica Um Tiro no Escuro!, mas toda a regra tem exceção...
Em O Homem é um Grande Faisão sobre a Terra acompanhamos a história de uma aldeia romena no pós-guerra, destacando-se um homem, Windisch, e a sua família, que pretendiam emigrar. E, para isso, necessitavam de passaportes.
A autora consegue, através de personagens tipo - um polícia e um padre -, denunciar a corrupção que se vivia na época. Ambos queriam favores em troca dos seus serviços.
A autora consegue, através de personagens tipo - um polícia e um padre -, denunciar a corrupção que se vivia na época. Ambos queriam favores em troca dos seus serviços.
Ao longo da obra vemos intercaladas as vidas de várias pessoas: um peleiro, o um carpinteiro, uma magra idosa... todos eles representando uma crítica a um certo estatuto social.
Há, ainda, um episódio de uma macieira que comia as suas próprias maçãs, evidenciando o caráter satírico da obra. Tal como essa árvore, o homem também "come", ou seja, destrói tudo o que possui.
O livro O Homem é um Grande Faisão sobre a Terra desiludiu-me bastante. Não acho que seja uma má obra, apenas não a apreciei.
Primeiramente, não gostei do tipo de escrita. Frases curtas e muito repetitivas estão presentes em toda a obra, tornando a leitura aborrecida e difícil.
Por outro lado, a história está envolvida num clima político-social que não conheço e não há, em parte alguma, uma explicação ou contextualização. Por essa razão, não consegui entender grande parte das críticas lá existentes.
Acho que uma pessoa conhecedora desse mesmo contexto conseguiria apreciar a obra de uma forma bastante mais profunda do que eu.
Assim, O Homem é um Grande Faisão sobre a Terra não me impressionou. Sem dúvida que é uma grande obra literária. Apenas não é o meu género de literatura e não tenho conhecimentos suficientes para a apreciar.
Tudo isto não invalida que alguém pegue no livro e o adore. Apenas não é para mim!